quarta-feira, 4 de junho de 2008

PARABÉNS ANTÓNIO RAMOS ROSA: Que Privilégio estar nas vésperas de defesa de Tese sobre a sua Obra


PRÉMIO DE POESIA DO NÚCLEO DE ARTES E LETRAS DE FAFEATRIBUÍDO A "ROSA INTACTA", DE ANTÓNIO RAMOS ROSA O livro Rosa Intacta, do poeta António Ramos Rosa, editado pela Labirinto, foi o vencedor da primeira edição do Prémio de Poesia do Núcleo de Artes e Letras de Fafe.O Prémio foi como forma de homenagear, promover e divulgar este género maior da literatura portuguesa e destinou-se a galardoar o melhor livro de poesia submetido a concurso e publicado entre 1 de Janeiro de 2ca006 e 31 de Dezembro de 2007.O Júri integrou o Professor universitário João Amadeu Oliveira Carvalho da Silva, João Ricardo Lopes, em representação da entidade organizadora e Fernando Pinheiro, em representação da Associação Portuguesa de Escritores.Presidiu, em representação do Núcleo de Artes e Letras de Fafe e sem direito a voto, nos termos do regulamento, o presidente da Direcção, Artur Coimbra.Analisadas as setenta e duas obras concorrentes, provenientes quer de Portugal, quer do Brasil, o que foi devidamente relevado, o Júri deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio à obra Rosa Intacta, de António Ramos Rosa, "considerando tratar-se de uma poesia cheia de beleza, marcada por um erotismo depurado e maduro, onde se evidencia uma mestria com que o poeta trabalha o corpo e a nudez feminina, através de uma reconstrução incessante da perfeição dos seus modelos".A entrega do prémio, no valor de 2 000 euros, será feita em data a designar oportunamente. António Ramos Rosa é um dos poetas mais importantes da nossa contemporaneidade. Nascido em Faro, a 17 de Outubro de 1924, a partir de 1962 instalou-se em Lisboa, vivendo exclusivamente da literatura, opção que levou Bernard Noël a considerá-lo o "Francisco de Assis da poesia". Poeta reconhecido, traduzido e premiado internacionalmente, recebeu já inúmeras distinções, como o Prémio do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (1980), o Prémio PEN Club (1980), o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1989), o Prémio Pessoa (1988), o Prémio da Bienal de Poesia de Liège (1991), o galardão Poeta Europeu da Década, atribuído pelo Collège de LEurope (1991), o Prémio Jean Malrieu (1992), entre outros. É condecorado como Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada em 1984 e com a Ordem do Infante D. Henrique em 1997. Em 1999, sob a égide das comemorações dos seus setenta e cinco anos, foi anunciada a criação em Faro da Casa da Poesia António Ramos Rosa. A 17 de Outubro de 2003 foi agraciado com um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Faro. Criador incansável e genial, autor de obras únicas desde O Grito Claro, o seu primeiro livro em 1958, escreveu mais de oitenta livros de poesia, para além de uma impressionante participação no domínio do ensaio e da tradução.

9 comentários:

Anónimo disse...

Como diria o poeta "não há coincidências" mas encontros nas linhas da vida que vamos "escrevendo". Os meus parabéns por este encontro de sentidos apurados, a si e a meu tio. Com emoção

Gisela Ramos Rosa

luís filipe pereira disse...

"Assim se abrem as portas do contacto/e tudo se consuma na vermelha espuma/do desejo Bebo o sol porque sou água e terra/entre raízes ramos pássaros astros" António Ramos Rosa (in Delta seguido de Pela Primeira vez). Gisela:com a emoção inteira e genuína encontro-a no entre-espaço deste blog: "Estou Vivo e escrevo sol", que é, sobremaneira, um "magma de semelhanças" (António R. Rosa, in Nascente Submersa)e "fábula viva de enlaces": espacialidade intracorporal (como proponho na minha dissertação)no âmbito solar da "alegria do diálogo" (merleau-Ponty, in La Prose du Monde), que é, no limite, "círculo da festa"(António R. Rosa, in As Marcas no Deserto); lógica em acção do afecto e da partilha, "lógica simétrica" (Matte-Blanco" do Espaço afectivo, espaço intensivo e não extensivo, espaço rizomático (Deleuze), vis primitiva (Leibniz)do encontro. Obrigado Gisela Ramos Rosa.Privilegia-me com a sua oblíqua presença plena de transparente alento: "como quem puxa o arado de uma lua/sobre o solo ainda ausente ainda deserto" (António Ramos Rosa, in O Navio da Matéria). luís filipe pereira

Anónimo disse...

As palavras germinaram por entre as pedras
que se soltaram dos pulsos dos braços
e agora são pérolas antigas transformadas.

Obrigada Filipe,
Desejo-lhe um voo magnífico para amanhã, Gisela Ramos Rosa

Anónimo disse...

Maravilhoso Filipe. Amanhã estarei lá.Como perder a oportunidade de extasiar-me com uma compreensão tão funda do ENORME POETA ANTÓNIO RAMOS ROSA, de fascinar-me com a sua leitura tão por Dentro de MERLEAU-PONTY? Para Quando a Publicação da Tese?É Urgente. Também o seu amor por Ramos Rosa não poderá ser adiado "para outro século". (Já---Sempre-PARABÉNS)

Anónimo disse...

Amanhã terá um momento excepcional, porque merece, porque o Filipe é um ser humano excepcional.

Anónimo disse...

Uma vida a ler Ramos Rosa, meia-vida a investigar Maurice Merleau-Ponty.............uma vida de poesia...............uma vida de filosofia: grande filósofo, grande poeta!Boa Sorte.
A. S. Costa

MóniKa disse...

Parabéns a António Ramos Rosa e Boa Sorte para si na defesa da tese sobre este grande poeta!

Anónimo disse...

PARAbéns Luís Filipe Pereira. Obrigado.Por espalhar seu talento em toda a parte, por passar bojadores além das dores, com a ciência e experiência dos que chegrarão às ilhas afortunadas.Obrigado pela magia verdadeira deste seu blogue de verdade, de afecto, de intertextualidade, porque o Luís Filipe Pereira é com e para os outros. Não são assim os poetas?

Anónimo disse...

ORa muitos parabéns pelo blog Filipe! Está muito bom, mas tb n esperava menos de ti. Desta vez consegui deixar o comentário que queria :). E pronto amanha vou-te dedicar uma boa nota no exame! Um abraço

FILIPE