quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

TEXTO/Apresentação de A TELA DO MUNDO na revista UMBIGO


Um texto que explora, de maneira sinóptica, os traços recortados no meu livro A Tela do Mundo,
encontra-se na rubrica 5 sentidos da Revista Umbigo. Um eco ao nível da Imprensa que compartilho com os leitores reais e potenciais do meu livro. (se alguém estiver interessado na aquisição de A Tela do Mundo, pelo seu valor de capa, 12 euros, eximindo-me às altas comissões das livrarias e lugares de venda pode sempre dirigir-me, por meio deste meu blog ou do meu e-mail lippepereira@gmail.com , o pedido, sendo que as despesas de correio ficarão por minha conta, além de que poderei, com gosto, autografar, fazer dedicatória no livro).
luís filipe pereira

domingo, 14 de dezembro de 2008

Ontem, no espaço Memória dos Exílios, Estoril, fiz a apresentação da obra de poesia, coadjuvado pelo Professor Doutor Pena (Universidade Lusófona).
Acolhedor e afectuoso foi enternecedor e belo, muito belo, o ambiente tingido por leituras de poemas, em que as vozes se cambiaram em pontes e cingiram as Margens: li os poemas "Café no Chiado" e o poema em francês "Un Jour" deixando que me deambulasse a voz por rostos acesos de gentileza e de ávida partilha.
Lucyana estreou a polifonia das vozes lendo, do poeta Rubem Alves, os versos: "Plantei árvores, tive filhos, escrevi livros. /Tenho muitos amigos e, sobretudo gosto de brincar./Que mais posso desejar? Se eu pudesse viver a minha vida novamente, / eu a viveria como vivi porque estou feliz onde estou." "E gosto de andar de bicicleta", acrescentou a autora da obra.
E que feliz está a Poeta Maria Saturnino Entre Margens, pois como leu a autora, do incipt do livro "Entre margens me criei /e entre margens cresci!". A Rubem Alves, gostando de brincar, acrescentou a autora: gosto de andar de bicicleta. Leu entretanto a autora, como evocação de um espaço a que está cosida com os alinhavos do afecto. o poema "Balsa", cujo mote "Os deuses não te escutaram/os deuses já te esqueceram"cruzou a minha voz à da autora. Leu depois maria saturnino o belíssimo poema, tão rente a Moçambique e às águas do Rio Limpopo, "Cajueiro". O Prof. Pena leu, com os signos do Sul, os pássaros de Tavira, os cheiros das maresias e dos ventos, o poema "Quatro águas". O Doutorando (e editor da revista luso-portuguesa Leitor, para a qual me solicitou a publicação do meu texto de apresentação de Entre Margens) Ricardo Miguéis leuo poema "Quando" e, em castelhano, josé Domingues leu o poema "Sueño Loco" a que se segui uma generosa e enternecedora surpresa uando a arista Laura Cesana leu um poema do livro "Maga Verde" que a própria Pintora traduziu para italiano.
"Arja Molho!" foi a leitura com que no epílogo de tão belo lançamento, Maria Saturnino a todos nos brindo sentando-nos a todos à mesa das suas palavras e deixando-nos saborear os miscigenados sabores e odores deste belo livro Entre Margens.
Um lançamento que, de tão terno, acolhedor e fraternal, jamais esquecerei e que tanto me orgulha e privilegia por nele ter participado. Bem Haja querida amiga Sani, cara escritora Maria Saturnino.
Luís Filipe Pereira

domingo, 7 de dezembro de 2008

A Tela do Mundo by mgdias

A Tela do Mundo by mgdias

LANÇAMENTO DE A TELA DO MUNDO, 6 DEZEMBRO 2008, Foto de Rita Correia in Museu do Fado/sessão de autógrafos



do Poema "óleo sobre noite" de A Tela do Mundo


"entro na noite.

no insone ar do imóvel azul
(...)
no aéreo abismo dos amplos aromas(...)
(...)
nos tímbales adormecidos sobre afectuosos golpes de vinho
(...)
nas lúcidas línguas dos nomes e das nuvens
(...)
na polissemia de estrelas perfumando o horizonte
(...)
"
luís filipe pereira

6 de Dezembro de 2008: AGRADEÇO A TODOS OS QUE TORNARAM PRODIGIOSO O NASCIMENTO D'A TELA DO MUNDO


6 de dezembro de 2008. O auditório do Museu do fado encheu-se, cadeira a cadeira, espaço a espaço. de gente. tanta gente debruçada sobre a superfície vibrante da mesa em que, como vocativo, emergia livre, solta, a Tela do mundo.
Figuras vigilantes, rostos de ternura, a confundirem-se nos contornos, num caleidoscópio de afectos e de partilhas. nomeio alguns, como se fossem sílabas do nascer incompleto à beira de completar-se no folhear das páginas do sonho que esse sim acontecia como barco que floresce num "encontro dos lábios/com a paisagem dos dedos" onde audíveis já, numa proximidade de Ítaca, os acordes musicais dos Isabela's bop.
As guitarras acesas e brilhantes em redor dos nomes: Professora Doutora Adelinda Candeias (- o lançamento na Universidade de Évora está prometido): Romy e arquitecto Eduardo S. Nunes (poliândricas arquitecturas a repercutirem-se como linhas brilhantes ao arquitecto Jorge Rocha Antunes): Magistrada Fátima Valente: Pintoras Laura Cesana, Filipa Freitas do Amaral, Susana Mendes: Gisela Ramos Rosa: Doutora Maria Saturnino ( - prometida está a minha apresentação do seu livro Entre Margens no próximo sábado, no Estoril):Doutora Elisa Gaudêncio Soares:Doutora Catarina e Doutor Álvaro: Doutora Benilde Vieira Martins e mais amigos, versos oblongos na lenta superfície de mil sóis. centenas de raios de mundo a oferecerem mundos ao Mundo dest'A Tela.
Patrícia Cabrita: Elsa García: Luís Antunes: Tiago Peixoto: João Tiago Coelho: D.Iria: Victor Banza: Mané: Sandra Cecílio: Patrícia de Bastos: Ricardo: Walter: Sandra Ramos (- que mágnificos disparos, fotogramas a tecerem-se minuciosamente no fim da tarde na manhã das manhãs do nascimentpo do livro).
Em todas as direcções, os poemas deste livro a encontrarem lábios e entoações, o livro a estremecer na Tela polifónica das vozes a descobrirem nos versos uma linha de horizonte: Fernanda Apolinário: Inês Nunes: Dionísio Dinis: Cíntia Gonçalves, Inês Apolinário, das vossas bocas a sairem meus versos como cintilantes linhas de espuma.
A professora Isabel Clemente a apresentar o livro como um filho que a levasse nos braços e a das suas palavras a surgirem as águas indivisas como se o livro ficasse guardado em sua respiração.
intermezzo: homenagem a Laura Cesana: eu leio as manchas de mares musicais e a Luísa Amaro, na guitarra portuguesa, exímia, com os sons frondosos a recostarem-se nas costas da cadeira no anverso dos rostos cada vez mais rentes aos primeiro balbuciar do livro. os rostos: estátuas refloridas, molhados pela chuva de sons, mergulhando num jardim de sereia.
As imagens na tela (que Inês Apolinário recriou) - Frida Kahlo, Antonio López, Helena Almeida, rostos de António Ramos Rosa, quarto de van Gogh, João Vieira, Helena Vieira da Silva - em que as estrofes voltam a acender-se e as cores fazem um barulho de folhas e rebrilham os rostos:
Rui Cecílio: Tiago Diogo: Rita Correia (olhando detrás da objectiva outros rostos, outros planos, outras alegrias): Nixan Veiga, Ju Serra; Engenheira M. Fernanda; Doutora Sara Pereira (- anfitreã da delicadeza): Mafalda: João Marques: Maria Rosa Leonor (- já li o seu livro estreante Mulheres & Deusas): Goreti Dias; Laura Gil; Poeta Fernando Vaza, Poeta Amélia de Carvalho (- que belo o seu mais recente livro: No Princípio era o Sol) e outros, tantos outros, leitores escrevendo sobre a superfície em que A Tela do Mundo nascia.
Pai. Mãe. Manos. Princesas Soraya, Margarida, Constança, leitores em mim como os gestos morosos das mudas e lentas madrugadas afinando-me o sangue.
Foi mágico. o auditório tornou-se a indiferenciada península da cega intimidade, da que desce ao âmago do visível: do amor, da amizade, da poesia. uma experiência inolvidável da leitura, do espaço de nascer numa ocupação afectuosa, numa ilimitação que guardarei como fenda sísmica no lugar abrigado de uma luz que de irrepetível agradeço, que de irrepetível me beija e me cega.

luís filipe pereira