sábado, 28 de fevereiro de 2009

UM PRODIGIOSO ECO d'A TELA DO MUNDO DA ESCRITORA MARIA SATURNINO

Lendo “A Tela do Mundo”

Leio e releio e, então, me enleio
Nas perplexas sendas das imagens verdadeiras
Apalpo, toco, e sinto
como cada incisão é fria e fulgurante
E como é indeciso o contorno de germinal analogia

Vejo, revejo mas não ensejo
Saltar o muro e a ponte no fôlego maculado e aberto
Da pedra que respira rompendo a página do vazio
Da volúpia em que vertical
O mundo se inicia


Escuto e não oiço
Procuro e não entendo
Os silêncios golpeados
Da obscura luz que devagar desce
Infinita o oblíquo bosque inclinado
Rente ao rasgado biombo do invisível.

Porque não tenho a adaga que atravessa a balança
Porque não tenho o corpo atalhado a outro corpo
Porque me perdi no espaço dos extremos intervalos do abismo
Porque…


Maria Saturnino
28.02.09

1 comentário:

Anónimo disse...

MUITO BELO O ECO QUE COLIGE VERSOS FABULOSOS DE A TELA DO MUNDO, MERECEDORA DE TANTOS E TANTOS ECOS.