Lendo “A Tela do Mundo”
Leio e releio e, então, me enleio
Nas perplexas sendas das imagens verdadeiras
Apalpo, toco, e sinto
como cada incisão é fria e fulgurante
E como é indeciso o contorno de germinal analogia
Vejo, revejo mas não ensejo
Saltar o muro e a ponte no fôlego maculado e aberto
Da pedra que respira rompendo a página do vazio
Da volúpia em que vertical
O mundo se inicia
Escuto e não oiço
Procuro e não entendo
Os silêncios golpeados
Da obscura luz que devagar desce
Infinita o oblíquo bosque inclinado
Rente ao rasgado biombo do invisível.
Porque não tenho a adaga que atravessa a balança
Porque não tenho o corpo atalhado a outro corpo
Porque me perdi no espaço dos extremos intervalos do abismo
Porque…
Maria Saturnino
28.02.09
1 comentário:
MUITO BELO O ECO QUE COLIGE VERSOS FABULOSOS DE A TELA DO MUNDO, MERECEDORA DE TANTOS E TANTOS ECOS.
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