domingo, 7 de dezembro de 2008

6 de Dezembro de 2008: AGRADEÇO A TODOS OS QUE TORNARAM PRODIGIOSO O NASCIMENTO D'A TELA DO MUNDO


6 de dezembro de 2008. O auditório do Museu do fado encheu-se, cadeira a cadeira, espaço a espaço. de gente. tanta gente debruçada sobre a superfície vibrante da mesa em que, como vocativo, emergia livre, solta, a Tela do mundo.
Figuras vigilantes, rostos de ternura, a confundirem-se nos contornos, num caleidoscópio de afectos e de partilhas. nomeio alguns, como se fossem sílabas do nascer incompleto à beira de completar-se no folhear das páginas do sonho que esse sim acontecia como barco que floresce num "encontro dos lábios/com a paisagem dos dedos" onde audíveis já, numa proximidade de Ítaca, os acordes musicais dos Isabela's bop.
As guitarras acesas e brilhantes em redor dos nomes: Professora Doutora Adelinda Candeias (- o lançamento na Universidade de Évora está prometido): Romy e arquitecto Eduardo S. Nunes (poliândricas arquitecturas a repercutirem-se como linhas brilhantes ao arquitecto Jorge Rocha Antunes): Magistrada Fátima Valente: Pintoras Laura Cesana, Filipa Freitas do Amaral, Susana Mendes: Gisela Ramos Rosa: Doutora Maria Saturnino ( - prometida está a minha apresentação do seu livro Entre Margens no próximo sábado, no Estoril):Doutora Elisa Gaudêncio Soares:Doutora Catarina e Doutor Álvaro: Doutora Benilde Vieira Martins e mais amigos, versos oblongos na lenta superfície de mil sóis. centenas de raios de mundo a oferecerem mundos ao Mundo dest'A Tela.
Patrícia Cabrita: Elsa García: Luís Antunes: Tiago Peixoto: João Tiago Coelho: D.Iria: Victor Banza: Mané: Sandra Cecílio: Patrícia de Bastos: Ricardo: Walter: Sandra Ramos (- que mágnificos disparos, fotogramas a tecerem-se minuciosamente no fim da tarde na manhã das manhãs do nascimentpo do livro).
Em todas as direcções, os poemas deste livro a encontrarem lábios e entoações, o livro a estremecer na Tela polifónica das vozes a descobrirem nos versos uma linha de horizonte: Fernanda Apolinário: Inês Nunes: Dionísio Dinis: Cíntia Gonçalves, Inês Apolinário, das vossas bocas a sairem meus versos como cintilantes linhas de espuma.
A professora Isabel Clemente a apresentar o livro como um filho que a levasse nos braços e a das suas palavras a surgirem as águas indivisas como se o livro ficasse guardado em sua respiração.
intermezzo: homenagem a Laura Cesana: eu leio as manchas de mares musicais e a Luísa Amaro, na guitarra portuguesa, exímia, com os sons frondosos a recostarem-se nas costas da cadeira no anverso dos rostos cada vez mais rentes aos primeiro balbuciar do livro. os rostos: estátuas refloridas, molhados pela chuva de sons, mergulhando num jardim de sereia.
As imagens na tela (que Inês Apolinário recriou) - Frida Kahlo, Antonio López, Helena Almeida, rostos de António Ramos Rosa, quarto de van Gogh, João Vieira, Helena Vieira da Silva - em que as estrofes voltam a acender-se e as cores fazem um barulho de folhas e rebrilham os rostos:
Rui Cecílio: Tiago Diogo: Rita Correia (olhando detrás da objectiva outros rostos, outros planos, outras alegrias): Nixan Veiga, Ju Serra; Engenheira M. Fernanda; Doutora Sara Pereira (- anfitreã da delicadeza): Mafalda: João Marques: Maria Rosa Leonor (- já li o seu livro estreante Mulheres & Deusas): Goreti Dias; Laura Gil; Poeta Fernando Vaza, Poeta Amélia de Carvalho (- que belo o seu mais recente livro: No Princípio era o Sol) e outros, tantos outros, leitores escrevendo sobre a superfície em que A Tela do Mundo nascia.
Pai. Mãe. Manos. Princesas Soraya, Margarida, Constança, leitores em mim como os gestos morosos das mudas e lentas madrugadas afinando-me o sangue.
Foi mágico. o auditório tornou-se a indiferenciada península da cega intimidade, da que desce ao âmago do visível: do amor, da amizade, da poesia. uma experiência inolvidável da leitura, do espaço de nascer numa ocupação afectuosa, numa ilimitação que guardarei como fenda sísmica no lugar abrigado de uma luz que de irrepetível agradeço, que de irrepetível me beija e me cega.

luís filipe pereira

21 comentários:

Anónimo disse...

Olá Luis Filipe,

Lembra-se do filme "Melhor é impossivel"?
A sua vernissage foi assim. Com muito calor humano, com uma sequência impecável, os declamadores muito naturais sabendo fazer realçar a beleza das palavras.
E...o espaço.....o espaço é lindo. Acolhedor. Poético. Unico.
Tal como lhe disse quando se fecha uma porta abrem-se mil janelas.
E o calor da Família. Nada apagará esse momento. Ter podido dizer ao seu Pai que o seu quarto era azul. Chorou, eu vi, estava sentada atrás dele e a Avó também.
A música. A mezzanine. Tudo, tudo perfeito.
Obrigada pelas flores.... obrigada pelo poema.
Desculpe não ter ficado mais tempo, mas o último autocarro, ao sábado, é às 20H50 em Paço de Arcos e não gosto de andar de noite na rua.
Convidei a sua Professora para dia 13 e a Gisela tb. Adorei a Gisela. É Linda e meiga.
Depois falamos.
Um beijo muito carinhoso da que se orgulha de ser sua Amiga.
Maria Saturnino (Sani)

Anónimo disse...

LFilipe,
Existem momentos, momentos mágicos e angulares, que ficarão para sempre em inscritos a cinzel na plasticidade de nossas almas. Creia que este dia ficará na minha até ao fim dos meus, como de rara beleza: - pelo espaço, digníssimo. pela plateia, repleta. pela palavra, a sua. demiurga, primeva. e, acima de tudo isto: pela consolidação do que intuí desde o primeiro dia em que nos cruzámos no umbral das palavras: O Luís Filipe é alguém a quem vou querer chamar de amigo pela vida fora. e com quem, estou absolutamente certa, tenho muito a aprender.

Grata, LFilipe, por este livro que nos oferece. Pelo homem que abriga em si. pelo tudo e pelo tanto.

Afecto maior
Mel

Anónimo disse...

foi magnifico
http://suspeita.deviantart.com/art/A-tela-do-Mundo-105611973 fica aqui a minha pequena homenagem.

Anónimo disse...

Olá Luis Filipe
Bravo! Bravíssimo! Já recebi, cá, deste outro lado do Atlântico, através de minha amiga Maria Saturnino (Sani) as boas novas: a 6 de dezembro de 2008, no auditório do Museu do fado nasceu retumbante a Tela do Mundo.
Parabéns! Fico feliz por ti em saber que o local "encheu-se, cadeira a cadeira, espaço a espaço, de gente. E digo-te já: "tanta gente debruçada sobre a superfície vibrante da mesa em que, como vocativo, emergia livre, solta, a Tela do mundo" , não estava lá por acaso - estavam sim "figuras vigilantes, rostos de ternura, a confundirem-se nos contornos, num caleidoscópio de afectos e de partilhas" - para partilhar - isso mesmo, para partilhar contigo este momento tão sublime. Viva!!!
Zetti Cunha - Brasil

Anónimo disse...

"estou vivo e escrevo o sol"

Queria deixar aqui um registo de alguém que marcou a minha vida, e que hoje, deu mais um passo na sua grande e magnifica carreira. " A tela do Mundo" a primeira obra poética de filipe.
Fica aqui o registo de uma amiga, ex-"explicanda". Obrigado pelos sorrisos, pelos choros, e pelos sermões que me deste. Obrigado por teres mudado a minha vida sempre para o positivo. Obrigado por me teres feito ver as coisas mais claras quando para mim eram escuro sobre fundo preto.
E hoje, ficaram registados na minha memória os mais bonitos poemas que leste, orgulho-me de ser tua amiga e de saber que posso contar contigo para sempre (como escreveste na minha dedicatória).

Pintas o museu do fado com as mais bonitas palavras.

Rita Correia

Anónimo disse...

"A leitura é uma máquina do mundo que se acelera pela paciência de uma desmedida lemtidão..."Eduardo Prado Coelho. Caro luís filipe pereira, é essa lentidão, essa prodigiosa morosidade que estou adorando na leitura do livro (grande, excelente livro de poesia) A Tela do Mundo.
B.Pinto Amaral

Anónimo disse...

Olá,

gostava de lhe dizer umas palavrinhas pelo evento de ontem onde estive presente mas não cheguei á fala consigo.
Achei muito bonito e queria lhe dar os parabéns pela excelente organização e bonita apresentação que fez do seu livro, a Tela do Mundo.
Foi muito interessante, bonito e musical.

Mais uma vez os meus parabéns!

Esperamos por um próximo....

cumprimentos

Filipa Amaral

Anónimo disse...

Parabéns Filipe, o lançamento do seu livro foi muito bonito! Gostei muito! E nessa Tela do Mundo, conheci Maria Saturnino, de quem gostei muito!

Bem haja Filipe!

Anónimo disse...

Dia 6 de Dezembro, foi dia de festa! Respira-se ainda a festa e, assim deverá continuar, pelos vários momentos partilhados.
Realço os instantes musicais, a magnífica projecção de imagem de tela em movimento, na perfeita sintonia da palavra.
Tela do Mundo finalmente exposta! E «boca à boca» se constrói e se canta o fado...

Grata pela amizade do autor, dia 6 de Dezembro e livro. A bela pintura de imagem da capa, adiciona-se ao convite da palavra/poema de Luís Filipe Pereira.

Um grande abraço.
Fernanda Apolinário

Anónimo disse...

Um momento inesquecível, um acto de beleza rara.O Luís bem o mereceu!
Dionísio Dinis

Anónimo disse...

Parabéns Luís Filipe ficamos à tua espera cá no Porto, para partilharmos o espírito da tua poesia e da tua companhia.
Beijinho
ConceiçãoB

Anónimo disse...

Por razões pessoais não pude estar presente, mas já sei que correu tudo muito mas mesmo muito bem e fico feliz por isso... Um grande abraço meu amigo por este momento, que espero que brilhe sempre, cada vez mais...
Luís F

Anónimo disse...

Muitos parabéns! É bom ver que tudo correu muito bem e que, como se antecipava, foi um momento brilhante. Que tudo corra bem para este novo livro!

Abraço...
Carla Ribeiro

Anónimo disse...

Caro Filipe
Não podendo estar presente, queria saber como tinha corrido o lançamento. Sei como um primeiro dia como este fica intacto de emoções e expectativas na nossa vida. E também saber onde posso comprar o seu livro.
Com um abraço,
Pedro Sena-Lino

Anónimo disse...

Luis felipe:

Esteve muito bem na sua pele na voz que deu aos seus poemas, rodeado de muita gente que o admira; sem dúvida que o merece, pois nada acontece que não seja o fruto do nosso empenho e trabalho...a realização dos nossos sonhos é sempre um fim, mas mais saboroso quando reconhecido.

Não esperei para o cumprimentar no final por estar engripada e não quis interromper a sua concentração...espero que me assine depois o seu livro em privado...
Um abraço caloroso e até breve.
rosa leonor

Vejo que me chama de Maria, antes de rosa leonor o que muito me honra mas não é meu nome..acho curioso que o tenha acrescentado...

Anónimo disse...

Absolutamente mágico: mais do que um lançamento: um acontecimento!
Bem Haja Luís Filipe Pereira
P. Antunes

Anónimo disse...

Que grande dia, belo: dia de festa para a Poesia: A Tela do Mundo um fabuloso dia: o lançamento: absolutamente mágico e que perdurará sempre na minha memória.
João T. Coelho

Anónimo disse...

Agora que já vou lendo a Tela do Mundo, que privilégio imenso, que versos, que estrofes, que magnífico motivo para um livro: colam-se as imagens e a pintura à plasticidade rigorosa, exímia, das palavras.
B. P. amaral

Anónimo disse...

ADOrei o LIVRO: é difícil destacar... dois: excepcional o "se de solidão", "o sexo de ver" hilariante. Parabéns: muitos parabéns!
Filipe V. Martins

Anónimo disse...

Conhece, claro que sim, pois se na poesia conhece quase tudo, a antologia Poesia-mais.que- perfeita, aí incluía os poemas do seu livro A Tela do Mundo.
Rita Gonçalves C.C.

Anónimo disse...

Lançamento de um Livro? Foi-o de facto, porém nunca assisti a outro tão belo, tão maravilhoso, com alinhamento perfeito, com excelentes leituras de poemas, excepcional apresentação do livro, prodigiosas actuações musicais (Isabella's bop e Luísa Amaro), extraordinário trabalho das imagens dos quadros projectados em Tela, um elegantíssimo beberete, um Luís Filipe Pereira prodigioso: generoso, desconcertante no seu á-vontade, na sua alegria partilhada.
A repetir..... Eu estarei lá, xde novo e de novo
M. J. seixas